O MISA ANGOLA – Instituto de Comunicação Social da África Austral, marcou uma jornada de protesto intitulada “ERGA O PUNHO”, no âmbito da sua missão, que é de promover uma comunicação social plural, independente e diversificada que garanta que os cidadãos sejam bem informados e demandem transparência na governação.

O evento, para o qual estão convidados todos os jornalistas e demais operadores da Comunicação social, Sociedade Civil e cidadãos interessados, está marcado para o dia 17 de dezembro no auditório Cónego Manuel das Neves, Paróquia de São Paulo (IGREJA CATÓLICA).

A jornada vai consistir no expressar de várias mensagens de autoria dos participantes, a serem exibidas para a posteridade, assim como vai ser dada a palavra ao veterano jornalista Mário Paiva, um dos subescritores da declaração de Windhoek (Namíbia), instrumento predecessor a fundação do MISA.

Segundo a organização, o “ERGA O PUNHO” é um ‘grito’ de protesto diante da realidade vigente no país, consubstanciada em “estreitamento das Liberdades, em particular a de Imprensa; o desvirtuar do jornalismo em detrimento da propaganda e os obstáculos ao jornalismo que procura e verifica factos com sentido critico”.

O MISA ANGOLA refere ainda que, a “reforma quase compulsiva de jornalistas tarimbados e menos manietáveis, afastando numerosos profissionais experientes com décadas de memória e de ofício, substituídos por novatos, estagiários e outsiders tem estado a descredibilizar o jornalismo”.

“A interferência nos critérios editoriais; o enfraquecimento de disposições como os de regulação e autorregulação; a tendência informativa que representa cada vez menos as diferentes realidades da sociedade; e a permanente estratégia de dividir para melhor reinar”, são outros obstáculos mencionados pelo MISA para justificar a sua acção.

A iniciativa vem no seguimento da primeira marcha de protesto realizada pelos jornalistas angolanos, pela primeira vez a 17 de dezembro de 2020.

O MISA ANGOLA apela a todos interessados nesta causa a juntarem-se a sua iniciativa, marcando presença no dia e local indicado para que juntos “ERGAMOS O PUNHO em protesto”.